segunda-feira, 26 de março de 2012

Cuíca de Santo Amaro é bem acolhido pelo público na sessão de estreia

Ficamos muito felizes com a recepção do Cuíca de Santo Amaro na sessão de estreia do filme no Rio de Janeiro, no programa do 17o. Festival Internacional de Documentários É Tudo Verdade. O público reagiu bem diante das diatribes do poeta boquirroto e do modo como o filme apresenta o personagem, sabidamente controverso e complexo.

O cineasta baiano Geraldo Sarno, que compareceu à sessão, apesar do aguaceiro que caiu sobre a cidade naquela tarde-noite de sábado, comentou sobre a dificuldade de construir um filme longo sobre personagem do qual tem-se pouquíssimas imagens; e considerou “muito feliz” a solução que encontramos para realizar o documentário.

O diretor do festival Amir Labaki deu uma declaração entusiasmada a favor do filme, apostando numa carreira favorável, inclusive, nas salas de cinema. Nesta terça-feira (27) haverá reprise no mesmo cinema (Itaú/Botafogo), a partir das 15h. Na próxima quinta (29) será a estreia em São Paulo, no Cinesesc da Rua Augusta.

Veja texto publicado no blog de Carlos Alberto Mattos sobre o filme

http://carmattos.com/2012/03/25/o-cordelista-e-os-arquitetos/

terça-feira, 20 de março de 2012

Cartaz do filme D'Ele, O Tal, Cuíca de Santo Amaro


O cartaz foi criado por Ian Sampaio, diretor de arte do filme Cuíca de Santo Amaro.
O texto de Cuíca que acompanha essas animações foi retirado do texto sobre Cuíca de Santo Amaro publicado no livro "A voz dos poetas", da Fundação Casa de Rui Barbosa (1984), no qual relata encontro ocorrido em 10 de junho de 1953 na parte alta do Elevador Lacerda com o trovador-repórter da Bahia.

O texto de Orígines Lessa caiu como luva como elemento que colabora na estruturação da forma do filme. Havia a intenção do uso de animações para a abertura do filme e para alguns desenhos de Sinézio Alves, como o referente ao caso da Mulher de Brotas. Quando encontramos o texto de Orígenes Lessa percebemos que caía como uma luva para introduzir em cena o personagem e fazer algumas passagens.

segunda-feira, 19 de março de 2012

É Tudo Verdade: Cuíca de Santo Amaro estreia mundial no RJ

Filme baiano Cuíca de Santo Amaro estreia dia 24 no RJ
A estréia em SP será no dia 29 de março no Cinesesc



Bomba!! Bomba!! Bomba!! / Aguardem!! Em breve!!

No próximo dia 24 de março, às 19h, no Espaço Itaú de Cinema Botafogo, Praia do Botafogo, Rio de Janeiro, o filme documentário de longa metragem (2011, 73 min) Cuíca de Santo Amaro abre a seleção de longas nacionais do Festival Internacional de Documentários É Tudo Verdade. O filme tem a direção de Joel de Almeida e Josias Pires, com o apoio do programa Petrobras Cultural.

O Festival programou mais uma sessão do filme no Rio de Janeiro, no dia 27 de março, às 15 no mesmo local. A estreia do filme em São Paulo será no dia 29 de março, às 21h, no Cinesesc– SP, na Rua Augusta, 2075. A segunda sessão do filme em São Paulo será no dia seguinte (30), às 15h, no mesmo lugar.

Comigo não tem bronca, dizia o trovador repórter desassombrado

Trovador maldito da poesia popular do Brasil, personagem controvertida, produz entre 1930 e 1963 cerca de mil títulos de livros de histórias, nome que dá aos folhetos que só depois passaram a ser conhecidos na Bahia como literatura de cordel.

Inspira Jorge Amado e Dias Gomes, que fazem de Cuíca personagem de quatro romances e da peça de teatro que, reapresentada pelo cinema, leva Anselmo Duarte a ganhar a Palma de Ouro em Cannes, com o filme “O Pagador de Promessa (1962). Na mesma época Cuíca de Santo Amaro faz a abertura do filme “A Grande Feira” (1961), de Roberto Pires. Seus livros vendiam como pães quentes nas feiras da Bahia.

É o defensor do povo contra os marreteiros e também o diabo das encruzilhadas, dos mercados, das festas e das frestas, personagem dos avessos e das margens, dos temas proibidos, picarescos, obscenos, malditos. Neste figurino ele aparece em Pastores da Noite e A morte e a morte de Quincas Berro D’Água e na peça O Pagador de Promessas, de Dias Gomes, adaptada para o cinema por Anselmo Duarte.

Faz propaganda comercial em portas de lojas. É histrião e usa métodos não convencionais para a coleta de notícias que usa na confecção de versos. Encarna personagem desabusada, que escreve, publica e vende nas ruas folhetos de protestos em plena II Guerra, reportando com humor a carestia da vida, demonizando Hitler, Mussolini e Plínio Salgado, elogiando Getúlio Vargas e Luís Carlos Prestes – apesar de posteriormente publicar folheto em favor da candidatura do camisa-verde e demonizar Prestes. Muitas performances fez ao lado de cartazes expostos nas ruas com frases e desenhos sobre os temas dos folhetos, ilustrados pelo amigo Sinézio Alves.

Em 1945 Jorge Amado o anuncia como “O Trovador da Bahia”. Em 46, a fama de Cuíca estende-se para todo o país, através da publicação de fotografias de Pierre Verger e de textos de Odorico Tavares e Jorge Amado na revista O Cruzeiro.

Durante duas décadas nas cidades da Bahia Cuíca de Santo Amaro atenta contra o pudor e brada contra a hipocrisia, revela em praça pública segredos de alcova e trapaças de ricos marreteiros. “Comigo não tem bronca”, garante. É a versão popular do boca de brasa, o Gregório de Mattos sem gramática. Poeta mais temido da Bahia é o defensor do povo, a voz do escândalo. É um herói e um anti-herói. Anjo torto, da boca torta. Poeta livre. O maior comunicador que a Bahia já teve.

Equipe

Direção – Joel de Almeida e Josias Pires

Diretor de Fotografia – Paulo Hermida

Direção de Produção Luciana Freitas e Marise Berta

Direção de Arte – Ian Sampaio

Direção Musical – Tuzé de Abreu

Som Direto – Rodrigo Alzueta e Napoleão Cunha

Montagem – Bau Carvalho

Produção Executiva – Adler Paz, Bau Carvalho e Lula Oliveira

Voz de Cuíca de Santo Amaro – Gil Teixeira

Programa do Festival http://www.itsalltrue.com.br/2012/index.asp